Travessia Pico Garuva x Monte Crista 07, Garuva, SC

ATIVIDADE
Travessia Pico Garuva x Monte Crista, Campos do Quiriri, Garuva, SC. Realizada em 1 dia de hiking autossuficiente e práticas de mínimo impacto.

RELATO
Nunca é fácil, mas dessa vez foi mais difícil.

Saímos de Joinville às 0:00. Deixamos 1 carro no Estacionamento do Sr. Harry e outro no Restaurante Theodoro.

Iniciamos a caminhada às 01:15, no Restaurante Theodoro.

Depois de uma subida exaustiva, tendo em vista a condição da trilha estar bem fechada pela vegetação e extremamente úmida e escorregadia, e também por não ter dormido nada no dia anterior, chegamos no Campinho/Falso Cume às 04:30.

A ideia inicial era pegar o nascer do Sol no Pico Garuva, mas ponderamos que teríamos de fazer o trecho faltante em ritmo acelerado e, tendo em vista a condição da trilha e nosso cansaço, isso seria bem difícil, e a chance de perder o nascer do Sol seria grande. Então decidimos aguardar o nascer do Sol ali mesmo no Campinho, onde a vista não perde muito para o Pico Garuva.

Achamos uma pedra boa para descansar e até tiramos um cochilo.

Minutos antes preparamos um café reforçado e apreciamos o espetáculo do nascer.

Partimos do Campinho às 07:00. E logo que iniciamos a caminhada encontramos um trilheiro, que tinha acampado sozinho na região do Pico Garuva e estava voltando. Ele estava bem assustado, pois nos contou que quase pisou numa Jararacuçu, que estava na trilha. Teve que passar do lado dela, pois o bicho não saiu do lugar.

Continuamos a caminhada com atenção redobrado e a informação que o bicho estava a cerca de 30 min.

Encontramos antes uma pequenina e logo depois a cobra relatada, com cerca de 1,5 metros. Logo ela foi para o mato. Estava bem tranquila e ficou nos observando passar. Mas não era Jararacuçu. Era cinza claro, com desenhos escuros e corpo esbelto. Acredito ser uma espécie não venenosa.

Chegamos no Pico Garuva às 08:45.

Dali para frente é passeio no parque, como costumo dizer, pois entramos nos campos de altitude do Campos do Quiriri.

Chegamos no cume do Morro da Igrejinha às 10:45, ponto mais alto da travessia, com 1.390 m de altitude. Dali temos uma vista linda, de 360°, de onde é possível avistar a famosa Pedra da Tartaruga, os picos Garuva e Jurema, o Monte Crista e a Pedra do Lagarto, nossa próxima parada.

Chegamos na Pedra do Lagarto às 11:05. Na base, junto ao rio, encontramos uma espécie de rã/perereca, com cerca de 3 cm, verde com detalhes preto e amarelo, bem diferenciada. Partimos às 11:45.

Após passar pela Pedra do Bivac, Pedra do Picolé e Camping Cabeluda, chegamos às 13:20 na Cachoeira da Cabeluda, destino muito desejado, já que o calor estava bem forte. Foi um alívio imediato. Partimos às 15:15, com muita vontade de ficar, já que o calor estava praticamente insuportável. Ainda bem que nesse trecho tem muitos riachos e em todos paramos para se hidratar e molhar o corpo e as roupas.

Às 16:30 chegamos na bica, na base do Crista. Decidimos não subir o cume do Crista devido ao calor. Partimos em seguida. A descida estava especialmente escorregadia, com direito a alguns tombos.

Às 18:20 chegamos na clareira e já tiramos as lanternas da mochila. Partimos em seguida para iniciar o trecho da saboneteira, trecho que parecia nunca terminar.

Chegamos no Estacionamento do Sr. Harry às 20:15, finalizando um rolezinho de 19h! Que experiência incrível!

Obrigado pela parceria de sempre Alan Brunken.